SANTOS & SILVAS
22 de Janeiro - 05 de Março de 2022
Centro Cultural dos Correios
Niterói - RJ


“A ancestralidade é o legado que o ancestral deixa para a posteridade, seja grupo familiar ou social”
Nei Lopes

“Na colonização europeia de territórios da África e das Américas, dentre as diversas formas de violência e dominação, o apagamento de memórias foi uma prática constantemente empregada. Os laços físicos e espirituais que conectavam os nativos e africanos com suas matrizes familiares foram desfeitos brutalmente no Brasil. Além das separações de famílias, clãs e etnias, a mudança do nome original atuava como estratégia de despersonalização do indivíduo, o inserindo como subordinado na sociedade colonial. Por meio do batismo ou “herança” de sobrenome dos seus senhores buscava-se deslocar essa gente de sua origem, negando as ancestralidades que residiam na memória de cada um. A diáspora africana e os encontros culturais entre nativos possibilitaram subverter, ao seu modo e dentro de suas possibilidades, imposições forçosas e violentas. A atuação nas brechas sociais através de sabedorias transgressoras, não ocidentais e não coloniais, possibilitou a instauração e a permanência de saberes e fazeres que remetem ao passado originário, que a colonialidade tentou e permanece tentando apagar.

Silva e Santos são os sobrenomes mais populares no Brasil, onde cerca de 87% da população brasileira possui sobrenomes de origem ibérica, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).”

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